Eu sempre achei importante registrar coisas. Fotos, textos, marcas na parede, tudo se acumula pra ajudar a contar uma história e ajudar a montar uma verdade possível.
No meu quarto há umas malas (passei da fase de "caixa de lembranças") cheias de antigas conversas, cheiros e sons: há papéis, fotos, frascos, fitas e brinquedos, tudo teoricamente organizado numa bagunça bonitinha. Há brincos sem par e sobras de pano, vidrinhos de esmalte que guardam bem pouca cor, lápis quebrados.
Mas hoje eu queria esquecer e dar um reboot em tudo.
Há uns dias fiquei ciente da minha real situação. Não que não soubesse antes, mas a esperança embotou tudo e acabei achando que daria certo até o último minuto. Claramente não deu.
Vou sofrer recusa de matrícula para o próximo semestre. Isso é o que acontece quando a gente reprova três vezes, seguidas ou não, no mesmo componente curricular na minha faculdade. Em resumo: vou ser quicada para fora do curso por incapacidade de acompanhá-lo, o que quer dizer que perdi cinco anos da minha vida para tentar concluir algo e o final foi o mais desastroso possível.
WEEEEEEEEE! /o/
A minha preparação para o ~~~futuro~~~ se encontra, agora, no estágio 1, que significa "prepara o couro que ele vai ser comido". Tenho tentado chorar o máximo possível, a fim de que eu fique seca quando for conversar com meus pais e familiares. Essa é a parte mais difícil.
As caretas de desgosto e os olhares de pena que vou enfrentar, os infinitos questionamentos, os pitacos de como devo proceder... Eu sei que isso vai me abalar. As expectativas dos outros sempre me influenciaram e não será diferente agora. Se eu mesma não estivesse tão desgostosa, decepcionada, cheia de dúvidas e de frustração, até ficaria bem. Acho. A parte boa é que ainda me importo - ruim vai ser se eu voltar a não ligar.
Pois sim! Tive a época de simplesmente não ligar. Não lembro direito quando foi ou o quanto durou, mas foi dentro do tempo em que lidei com uns vários sintomas de depressão. Eu acreditava que nada daria certo, então pra quê tentar, não é mesmo?
E foi assim que eu reprovei a primeira das três vezes.
A segunda vez foi logo antes de eu conseguir sair sozinha do buraco. Tinha me matriculado na disciplina mais por obrigação, então não sabia se conseguiria concluir, só que tentaria. Nem tentei.
Depois que melhorei, me matriculei pela terceira vez. E aí a vida degringolou de novo.
Cá estou eu.
As possibilidades para o ano que vem são a de entrar novamente no curso pré-vestibular e repetir o ENEM. Daí... Não sei. Posso tentar um novo curso ou tentar novamente Jornalismo. Nesse meio tempo, vou arranjar acompanhamento médico e descobrir o que tem de tão errado comigo.
2016 vai ser um ano dificílimo.
Eu tô lascada desde já.
No meu quarto há umas malas (passei da fase de "caixa de lembranças") cheias de antigas conversas, cheiros e sons: há papéis, fotos, frascos, fitas e brinquedos, tudo teoricamente organizado numa bagunça bonitinha. Há brincos sem par e sobras de pano, vidrinhos de esmalte que guardam bem pouca cor, lápis quebrados.
Mas hoje eu queria esquecer e dar um reboot em tudo.
Há uns dias fiquei ciente da minha real situação. Não que não soubesse antes, mas a esperança embotou tudo e acabei achando que daria certo até o último minuto. Claramente não deu.
Vou sofrer recusa de matrícula para o próximo semestre. Isso é o que acontece quando a gente reprova três vezes, seguidas ou não, no mesmo componente curricular na minha faculdade. Em resumo: vou ser quicada para fora do curso por incapacidade de acompanhá-lo, o que quer dizer que perdi cinco anos da minha vida para tentar concluir algo e o final foi o mais desastroso possível.
WEEEEEEEEE! /o/
A minha preparação para o ~~~futuro~~~ se encontra, agora, no estágio 1, que significa "prepara o couro que ele vai ser comido". Tenho tentado chorar o máximo possível, a fim de que eu fique seca quando for conversar com meus pais e familiares. Essa é a parte mais difícil.
As caretas de desgosto e os olhares de pena que vou enfrentar, os infinitos questionamentos, os pitacos de como devo proceder... Eu sei que isso vai me abalar. As expectativas dos outros sempre me influenciaram e não será diferente agora. Se eu mesma não estivesse tão desgostosa, decepcionada, cheia de dúvidas e de frustração, até ficaria bem. Acho. A parte boa é que ainda me importo - ruim vai ser se eu voltar a não ligar.
Pois sim! Tive a época de simplesmente não ligar. Não lembro direito quando foi ou o quanto durou, mas foi dentro do tempo em que lidei com uns vários sintomas de depressão. Eu acreditava que nada daria certo, então pra quê tentar, não é mesmo?
E foi assim que eu reprovei a primeira das três vezes.
A segunda vez foi logo antes de eu conseguir sair sozinha do buraco. Tinha me matriculado na disciplina mais por obrigação, então não sabia se conseguiria concluir, só que tentaria. Nem tentei.
Depois que melhorei, me matriculei pela terceira vez. E aí a vida degringolou de novo.
Cá estou eu.
As possibilidades para o ano que vem são a de entrar novamente no curso pré-vestibular e repetir o ENEM. Daí... Não sei. Posso tentar um novo curso ou tentar novamente Jornalismo. Nesse meio tempo, vou arranjar acompanhamento médico e descobrir o que tem de tão errado comigo.
2016 vai ser um ano dificílimo.
Eu tô lascada desde já.
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